Triste a necessidade do YouTube ser o verdadeiro catalisador de medidas, meramente paliativas, de actos ignóbeis num dos poucos sítios em que podemos decidir o nosso futuro, a Escola!
domingo, 30 de março de 2008
sábado, 29 de março de 2008
Dois álbuns fabulosos!
Felizmente a nível de música, este Março foi muito semelhante aos dos anos anteriores: regresso dos concertos e especialmente a descoberta de novos álbuns que persistem como banda sonora das inúmeras deslocações do dia-a-dia. É o caso dos seguintes 2 álbuns, que me fascinaram:
- Portishead - Third: tremendo álbum, do começo ao fim! É incrível a forma como conseguem após longa pausa serem tão coerentes: está tudo lá o que respeita a Portishead, musicalidade actual, inquietações/depressões da Beth Gibson, até ares da sua colaboração com Rustin Man... passa a ser obrigatório associar este álbum ao melhor da música em 2008.
- MGMT - Oracular Spectacular: álbum incrível, pois cativa-nos com as suas músicas iniciais, com a simplicidade de um orgão sedutor... e quando pensamos que, após seleccionarmos vezes sem conta os por nós intitulados singles (que acabam por coincidir com os videoclips dos MGMT), o álbum não permitirá mais nada, este desvenda-nos músicas com gradações fabulosas, sonoridades que embebem em muitos sítios, mas não sabemos concretamente quais, de um desarmante eclectismo.
- Portishead - Third: tremendo álbum, do começo ao fim! É incrível a forma como conseguem após longa pausa serem tão coerentes: está tudo lá o que respeita a Portishead, musicalidade actual, inquietações/depressões da Beth Gibson, até ares da sua colaboração com Rustin Man... passa a ser obrigatório associar este álbum ao melhor da música em 2008.
- MGMT - Oracular Spectacular: álbum incrível, pois cativa-nos com as suas músicas iniciais, com a simplicidade de um orgão sedutor... e quando pensamos que, após seleccionarmos vezes sem conta os por nós intitulados singles (que acabam por coincidir com os videoclips dos MGMT), o álbum não permitirá mais nada, este desvenda-nos músicas com gradações fabulosas, sonoridades que embebem em muitos sítios, mas não sabemos concretamente quais, de um desarmante eclectismo.
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Música
sábado, 22 de março de 2008
Caribou: out of the (cd)box, completely!
Foi no dia 12 de Março que finalmente assisti a um concerto no Santiago Alquimista. Belo sítio, que pela envolvência parece um navio panorâmico encalhado numa das colinas lisboetas.
A razão foi o concerto de Caribou. E se soubesse que o concerto não seguia minimamente o álbum em termos de condução de cada música, certamente não teria ficado a assistir ao concerto a 2 metros de 2 baterias (se amo a música, tenho que preservar a sua principal entrada em mim). Mas foi um bom concerto, com muitas gradações crescentes e decrescentes (apanhando por vezes o público despercebido, sempre no péssimo hábito de mal uma fracção de segundo de silêncio se ouvir, as palmas têm que surgir... será que somos campeões do microsegundo, tanto nos concertos, como nos semáforos?). Contudo, no final, o excessivo recurso às baterias criaram um certo cansaço...
Alguns dados interessantes sobre Dan Snaith, Caribou:
"You may have heard of Dan Snaith recently in the context of the trademark lawsuit that forced him to change his artist name from 'Manitoba'. Sued by ageing punk rocker Handsome Dick Manitoba, despite Dick never having released an album under the name 'Manitoba', and finding himself limited by the high-priced realities of trademark law, Snaith opted to take the high road and change his nom de rock to Caribou. No news yet on whether the remote Canadian province of Manitoba (whence Snaith took his moniker) is planning on changing its name..."
Ou seja:

Muito bem, também porque o Handsome Dick Manitoba (nome de quem tem que comprovar alguma coisa...) era wrestler! :)
A razão foi o concerto de Caribou. E se soubesse que o concerto não seguia minimamente o álbum em termos de condução de cada música, certamente não teria ficado a assistir ao concerto a 2 metros de 2 baterias (se amo a música, tenho que preservar a sua principal entrada em mim). Mas foi um bom concerto, com muitas gradações crescentes e decrescentes (apanhando por vezes o público despercebido, sempre no péssimo hábito de mal uma fracção de segundo de silêncio se ouvir, as palmas têm que surgir... será que somos campeões do microsegundo, tanto nos concertos, como nos semáforos?). Contudo, no final, o excessivo recurso às baterias criaram um certo cansaço...
Alguns dados interessantes sobre Dan Snaith, Caribou:
"You may have heard of Dan Snaith recently in the context of the trademark lawsuit that forced him to change his artist name from 'Manitoba'. Sued by ageing punk rocker Handsome Dick Manitoba, despite Dick never having released an album under the name 'Manitoba', and finding himself limited by the high-priced realities of trademark law, Snaith opted to take the high road and change his nom de rock to Caribou. No news yet on whether the remote Canadian province of Manitoba (whence Snaith took his moniker) is planning on changing its name..."
Ou seja:

Muito bem, também porque o Handsome Dick Manitoba (nome de quem tem que comprovar alguma coisa...) era wrestler! :)
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Concertos
sexta-feira, 21 de março de 2008
A dignidade é a coluna vertebral do Ser Humano.
Persépolis é uma lição de História, essencialmente sobre o que cada Ser Humano deve ser, desde sempre até sempre.

Excelente este Eye of the Tiger :)

Excelente este Eye of the Tiger :)
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Cinema
quinta-feira, 20 de março de 2008
Teen, Not-Interrupted.
Juno é um óptimo sinal dos tempos: gravidez na adolescência, sem preocupações, desde que o Amor prevaleça! Daquele tipo de Amor que nunca se vai conseguir recuperar, caso dê para o torto...
(e depois vem o Verão)
... não, Juno é bem mais do que estas redutoras (???) frases. No meio do filme temos estas pérolas:

Ultrasound Technician: Plan to be suprised when you deliver?
Juno MacGuff: Well, no, but I want Mark and Vanessa to be suprised and if you tell me I'll just ruin it.
Ultrasound Technician: Are Mark and Vanessa your friends from school?
Juno MacGuff: No, they're the adoptive parents.
Ultrasound Technician: Oh, well thank goodness for that!
Bren: What's that supposed to mean?
Ultrasound Technician: Well I've been doing this for along time and I've seen a lot of teenagers come through here and it's obviously a very poisonous environment.
Juno MacGuff: How do you know I'm so poisonous?
Bren: They could be utterly incompetent. Theres no guarantee they'll do a better job raising this child than my dumbass step-daughter will... What is your job title?
Ultrasound Technician: I'm an ultrasound technician.
Bren: Oh yeah? Well I'm a nail technician and I think we both ought to just stick to what we know.
Ultrasound Technician: Excuse me?
Bren: Oh, you think you're hot shit 'cause you get to sit over there and play Pictionary, well guess what? My five year old daughter could do that and let me tell you, she's not the brightest bulb in the tanning bed. So until you have your own kid, why don't you just go back to nightschool in Mankato and get a real job.
Juno MacGuff: ...Whoa Bren! You's a dick! I love it!
Eu fiquei até ao fim dos créditos finais para ver de quem é que eram as músicas. E achei uma pérola: o bebé que aparece na eco surge no meio dos créditos! Acho que se bateu o recorde de primeira aparição no cinema, -3 meses de vida (sem contar com a clássica corrida dos espermatozóides no "Olha quem fala")! Só não decorei o nome... e perdi algum tempo a tentar encontrar na net, mas nada (o máximo que dava era a Kaaren de Zilva - parece que internacionalizou o nome, mal saiu das Beiras - que é a Ultrasound Technician).
(e depois vem o Verão)
... não, Juno é bem mais do que estas redutoras (???) frases. No meio do filme temos estas pérolas:

Ultrasound Technician: Plan to be suprised when you deliver?
Juno MacGuff: Well, no, but I want Mark and Vanessa to be suprised and if you tell me I'll just ruin it.
Ultrasound Technician: Are Mark and Vanessa your friends from school?
Juno MacGuff: No, they're the adoptive parents.
Ultrasound Technician: Oh, well thank goodness for that!
Bren: What's that supposed to mean?
Ultrasound Technician: Well I've been doing this for along time and I've seen a lot of teenagers come through here and it's obviously a very poisonous environment.
Juno MacGuff: How do you know I'm so poisonous?
Bren: They could be utterly incompetent. Theres no guarantee they'll do a better job raising this child than my dumbass step-daughter will... What is your job title?
Ultrasound Technician: I'm an ultrasound technician.
Bren: Oh yeah? Well I'm a nail technician and I think we both ought to just stick to what we know.
Ultrasound Technician: Excuse me?
Bren: Oh, you think you're hot shit 'cause you get to sit over there and play Pictionary, well guess what? My five year old daughter could do that and let me tell you, she's not the brightest bulb in the tanning bed. So until you have your own kid, why don't you just go back to nightschool in Mankato and get a real job.
Juno MacGuff: ...Whoa Bren! You's a dick! I love it!
Eu fiquei até ao fim dos créditos finais para ver de quem é que eram as músicas. E achei uma pérola: o bebé que aparece na eco surge no meio dos créditos! Acho que se bateu o recorde de primeira aparição no cinema, -3 meses de vida (sem contar com a clássica corrida dos espermatozóides no "Olha quem fala")! Só não decorei o nome... e perdi algum tempo a tentar encontrar na net, mas nada (o máximo que dava era a Kaaren de Zilva - parece que internacionalizou o nome, mal saiu das Beiras - que é a Ultrasound Technician).
quarta-feira, 19 de março de 2008
Ainda bem que já tinha comprado bilhete (para um concerto meio vazio)...
Ainda na senda do concerto do dia 13 de Março, houve um concurso do Cão Azul para se ganhar bilhetes para tal evento. O desafio era o seguinte:
"Responde de uma forma original ao seguinte problema. As 15 melhores respostas ganham bilhetes!
Um comboio parte da Estação da Campanhã em direcção a Lisboa e um outro da Estação da Gare do Oriente em direcção ao Porto.
Sabendo que os dois se deslocam a uma velocidade média de 90 km/h e o percurso é de 324,5 km a que km o maquinista da carruagem que parte de Lisboa terá vontade de ir ao WC?
Como fundamentas a tua resposta?"
A minha resposta foi "simplesmente" esta:
"Sensivelmente ao km 54, quando o motorista começa a ver os anúncios de terrenos baratos na Ota e sente uma enorme náusea, pois antes de tomar as rédeas à sua carruagem na Estação da Gare do Oriente gastou todas as poupanças de um ano num leilão do Miau.pt em bilhetes para o concerto de Tony Carreira. Assim, os 4 bilhetes (é de uma família típica!) para as Galerias do Pavilhão Atlântico esgotaram a oportunidade de comprar o terreno correspondente à única pista do suposto aeroporto. É de ir mesmo ao WC e esperar que a Ota passe... Fátima fica no caminho! :) "
Como é que eu não ganhei? Que critérios usaram? A resposta por causa do estúpido condutor da ambulância era demasiado batida (até era melhor, concordo!). Aposto que agora vão fazer t-shirts com "Perdi toda a minha fortuna no Miau.pt". E eu que até fui ao viamichelin.pt ver a distância de Lisboa à Ota...
"Responde de uma forma original ao seguinte problema. As 15 melhores respostas ganham bilhetes!
Um comboio parte da Estação da Campanhã em direcção a Lisboa e um outro da Estação da Gare do Oriente em direcção ao Porto.
Sabendo que os dois se deslocam a uma velocidade média de 90 km/h e o percurso é de 324,5 km a que km o maquinista da carruagem que parte de Lisboa terá vontade de ir ao WC?
Como fundamentas a tua resposta?"
A minha resposta foi "simplesmente" esta:
"Sensivelmente ao km 54, quando o motorista começa a ver os anúncios de terrenos baratos na Ota e sente uma enorme náusea, pois antes de tomar as rédeas à sua carruagem na Estação da Gare do Oriente gastou todas as poupanças de um ano num leilão do Miau.pt em bilhetes para o concerto de Tony Carreira. Assim, os 4 bilhetes (é de uma família típica!) para as Galerias do Pavilhão Atlântico esgotaram a oportunidade de comprar o terreno correspondente à única pista do suposto aeroporto. É de ir mesmo ao WC e esperar que a Ota passe... Fátima fica no caminho! :) "
Como é que eu não ganhei? Que critérios usaram? A resposta por causa do estúpido condutor da ambulância era demasiado batida (até era melhor, concordo!). Aposto que agora vão fazer t-shirts com "Perdi toda a minha fortuna no Miau.pt". E eu que até fui ao viamichelin.pt ver a distância de Lisboa à Ota...
A nova Lei do Tabaco permite destas coisas.
Findado qualquer concerto, como de forma involuntária pomo-nos a digeri-lo, fazendo o balanço entre coisas boas e más.
A caminho de uma boleia, percebemos que o próprio Patrick Watson (PW) estava numa das portas Laterais da Aula Magna, a fumar e a conversar com fans. Oportunidade quase única para se pedir um autógrafo e trocar umas palavras. Foi o que aconteceu, nos seguintes moldes (traduzidos do Inglês):
Eu - Grande concerto, parabéns!
PW - Obrigado!
Eu - Tenho que te explicar uma coisa. Os portugueses têm o mau hábito de pôr o futebol em tudo o que é mundo. Assim, na sugestão para o nome da música nova, (h)ouve um Beeeeeeennnficaaaaa!
PW - Eu não percebi nada do que disseram!
Eu - Ainda bem, pois não era nada mesmo... Às vezes fazes lembrar-me o Jeff Buckley.
PW - A sério? Obrigado! Mas eu já o bati! Ele morreu um ano antes da minha idade actual (31, depreendo eu), por isso já o venci!
Eu - :) Ontem vimos Caribou!
PW - E que tal? Só o vi como Manitoba ainda não o vi como Caribou.
Eu - Foi bom, com duas baterias e muito diferente do álbum! E novo álbum? O Close to Paradise já é de 2006.
PW - Tocámos canções novas. No final desta tournée voltamos para casa e pomo-nos a gravar.
Eu - Ok, bom resto de tournée! E muito obrigado pelo grande concerto!
E o Patrick Watson assinou-me o bilhete:

Grande final de noite, ainda com umas personagens muito estranhas, mas supostamente com informações de futuros concertos em Portugal, em Paredes de Coura, com listas manhosas de bandas, boas diga-se.
Estranho é o Jeff Buckley ter morrido aos 30 anos e o Patrick Watson, segundo a Wikipédia, ter nascido em 1979.
A caminho de uma boleia, percebemos que o próprio Patrick Watson (PW) estava numa das portas Laterais da Aula Magna, a fumar e a conversar com fans. Oportunidade quase única para se pedir um autógrafo e trocar umas palavras. Foi o que aconteceu, nos seguintes moldes (traduzidos do Inglês):
Eu - Grande concerto, parabéns!
PW - Obrigado!
Eu - Tenho que te explicar uma coisa. Os portugueses têm o mau hábito de pôr o futebol em tudo o que é mundo. Assim, na sugestão para o nome da música nova, (h)ouve um Beeeeeeennnficaaaaa!
PW - Eu não percebi nada do que disseram!
Eu - Ainda bem, pois não era nada mesmo... Às vezes fazes lembrar-me o Jeff Buckley.
PW - A sério? Obrigado! Mas eu já o bati! Ele morreu um ano antes da minha idade actual (31, depreendo eu), por isso já o venci!
Eu - :) Ontem vimos Caribou!
PW - E que tal? Só o vi como Manitoba ainda não o vi como Caribou.
Eu - Foi bom, com duas baterias e muito diferente do álbum! E novo álbum? O Close to Paradise já é de 2006.
PW - Tocámos canções novas. No final desta tournée voltamos para casa e pomo-nos a gravar.
Eu - Ok, bom resto de tournée! E muito obrigado pelo grande concerto!
E o Patrick Watson assinou-me o bilhete:

Grande final de noite, ainda com umas personagens muito estranhas, mas supostamente com informações de futuros concertos em Portugal, em Paredes de Coura, com listas manhosas de bandas, boas diga-se.
Estranho é o Jeff Buckley ter morrido aos 30 anos e o Patrick Watson, segundo a Wikipédia, ter nascido em 1979.
terça-feira, 18 de março de 2008
Uma excelente música para reanimar o que nunca esteve vivo... este blog(ue)!
Na passada Quinta-Feira (13 de Março), assisti a um concerto que, pelo álbum, me suscitara muito entusiasmo em assistir: Patrick Watson na Aula Magna!
Já me tinha esquecido quão desconfortável eram as cadeiras (de pau, quase!) e o som não ajudou muito (especialmente quando eu ainda estava atordoado com o 1 metro de distância para as 2 baterias dos Caribou na véspera). Mas o génio desvenda-se independentemente das condições e acabou por ser um concerto de enorme qualidade! O álbum que foi a base do concerto, Close to Paradise, já data de 2006, ficando comprovado que a banda (excelentes intérpretes) navega pelas músicas com um enorme à vontade.
Ponto alto (dentro da sala) foi mesmo o Man Under the Sea cantado em puro unplugged-malabarista! Bom mesmo foi alguém ter captado esse momento...
... o que depois não parece estranho, tendo em conta semelhantes actuações por outras salas...
E ao som de um "it was just me, the fish and the sea" declaro reaberto este blog(ue)!
Já me tinha esquecido quão desconfortável eram as cadeiras (de pau, quase!) e o som não ajudou muito (especialmente quando eu ainda estava atordoado com o 1 metro de distância para as 2 baterias dos Caribou na véspera). Mas o génio desvenda-se independentemente das condições e acabou por ser um concerto de enorme qualidade! O álbum que foi a base do concerto, Close to Paradise, já data de 2006, ficando comprovado que a banda (excelentes intérpretes) navega pelas músicas com um enorme à vontade.
Ponto alto (dentro da sala) foi mesmo o Man Under the Sea cantado em puro unplugged-malabarista! Bom mesmo foi alguém ter captado esse momento...
... o que depois não parece estranho, tendo em conta semelhantes actuações por outras salas...
E ao som de um "it was just me, the fish and the sea" declaro reaberto este blog(ue)!
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